segunda-feira, 8 de junho de 2009

Serão os comportamentos delinquentes geneticamente determinados?

No seguimento de uma dissertação como esta, é importante que os termos e conceitos de que se trata estejam totalmente esclarecidos. Antes de mais, neste texto irei reflectir sobre o que é um delinquente e o que o torna delinquente.
Atentemos em casos em que a delinquência está mais associada: por exemplo os ciganos e os negros. Bem sabemos que a estes primeiros (os ciganos) associamos casualmente os conflitos, talvez nem porque tivemos experiências que evidenciem este facto, mas sim porque as impressões que temos deles nos foram transmitidas indirectamente pelas pessoas com quem contactamos ou até pela nossa cultura padrão. Até aqueles que eventualmente dizem: “ah esta música, eu adoro música cigana!”, ou “eles sim, são os verdadeiros nómadas, ah que vida”, na proximidade ou contacto com a etnia cigana poderão ser os primeiros a colocar trancas à porta! É já evidente a relação entre as impressões e as expectativas, e daqui há uma “ponte” para a auto concretização das expectativas. É aqui, que tendo nós uma atitude bastante negativa relativamente á comunidade cigana, tenderemos para comportamentos que passem a justificar as atitudes, mesmo que contrariem a realidade; o que isto quer dizer? Quer dizer que faremos tudo e veremos tudo e apenas o que há de mau, o que consiga “fundamentar” a nossa tese e alimentar o sentimento negativo em relação à comunidade em questão, para que tenhamos a razão do nosso lado. Na outra face da moeda, temos os ciganos, que, por sua vez, vão responder aos estímulos negativos impostos pela sociedade em redor, tornando-se os delinquentes da cultura padrão. Por isso, e na minha opinião, a categorização dos ciganos, entre outros, resulta de um confronto entre culturas, podendo estes então serem delinquentes sociais – uma fuga ao padrão, que envolve conflitos e desacatos.
O conceito de delinquência tem muitas faces, tendo principalmente uma vertente psico-social e outra criminal. Comummente, na nossa sociedade, entendemos como sendo os delinquentes os drogados, os “mitras”, “gangsters” e isso, de certa forma, permite-nos precaver conflitos que poderiam surgir, fruto de um choque entre pensamentos (no fundo é como um europeu ir ao Islão).
Mas afinal de onde vêm, então, os delinquentes? Existem bairros onde a delinquência é uma tradição muito “conceituada” sendo esse o padrão cultural existente.
Porém, apesar de até agora me ter cingido ao papel da cultura na construção do delinquente, existem evidências de que a genética tem o seu papel no encaminhamento psicológico. A influência genética em doenças de foro psiquiátrico, tais como a doença do humor, a esquizofrenia, ou o alcoolismo já é amplamente aceite. Outro caso muito recente que apareceu foi um estudo de uma anomalia cromossómica muito rara; os indivíduos, do sexo masculino, podem possuir, ao contrário do normal cromossoma x e cromossoma y, dois y e um x. Este facto vai criar uma forte predisposição para que estes indivíduos se tornem agressivos e anti-sociais, são os chamados hiper-masculinos. Nestes casos, a influência genética tem um papel altamente condicionante, já que a predisposição deste indivíduos para a violência é muito grande e não precisa de um estímulo forte para se desenvolver. Investigações britânicas descobriram que muitos dos maiores criminosos conhecidos eram portadores destas anomalias; este facto forçou a paragem da investigação, pois, se fosse provado que isto era verdade, esta nova descoberta poderia alegar a favor do réu.
Deparamo-nos agora com um cenário muito ambíguo em que o grau de influência genética (predisposição) e da cultura têm de ser confrontados. Atentando neste casos podemos concluir que, na sua grande maioria, os casos de delinquência não são fatalmente genéticos e que a influência do meio é bastante avultada.
A existência de predisposição genética é de facto verdade, mas são os estímulos exteriores que activam as características inerentes á delinquência.
Para finalizar, não posso deixar de referir que esta dissertação não se destina a encontrar razões justificativas da existência de delinquentes culturais (culturas minoritárias), mas sim de uma delinquência pejorativa e que afecta a sociedade em geral.

Dicotomias

Dicotomias, desde a antiguidade que a psicologia se depara com as dicotomias, ideias com dois pólos distintos aos quais não se consegue dar primazia a nenhuma delas. Considero que existem, de facto, algumas dicotomias respondidas, como será o caso do papel da Razão/Emoção na escolha das nossas decisões; o próprio Damásio na sequência do estudo das áreas pré-frontais, na experiência com os seus doentes (Gage) e com as novas tecnologias, veio a descobrir a dependência das duas para a resolução dos nossos problemas, sendo impossível ao ser humano suportar apenas a razão ou a emoção.
Já muitos autores se debruçaram nestes problemas, e resolveram alguns, porém a persistência de grandes dicotomias na evolução e confronto das “Escolas” de pensamento da Psicologia é uma realidade!
A dicotomia Inato/Adquirido apresenta-se como sendo a principal e aquela que tem sido a mais questionada. A pergunta pode ser colocada de várias formas: o que determina o nosso comportamento? O meio ou a natureza? Ou eventualmente: Somos biológica ou socialmente determinados?
Desde que entramos para a escola vamos aprendendo a biologia do ser humano, e é por este lado que iremos abrir a discussão. A noção de fenótipo e genótipo é já um conceito conhecido, mais ou menos, por todos; genótipo como sendo o conjunto de características genéticas que o indivíduo possui e o fenótipo como sendo o conjunto de caracteres individuais de origem genética que receberam modificações decorrentes da relação com o meio. Abordando o tema com vista à psicologia, podemos perceber que não existe o fenótipo sem o genótipo e a própria evolução do fenótipo é condicionada pelas predisposições do genótipo. A influência dos dois é de todo evidente, por isso não falamos apenas em genótipo mas falamos também em fenótipo.
É óbvio que a origem desta dicotomia, que nos parece hoje bastante respondida, vem dos primórdios da psicologia, há cerca de um século, onde aquilo que explicava o inato, características biológicas, era pouco conhecido e estudado. Não havia as tecnologias que hoje se usufrui (TAC, …………………………), e estes autores nem sequer consideram as dicotomias, para Freud, por exemplo, não havia nenhuma dicotomia, a genética era o determinante e ponto final.
A título de exemplo, e no seguimento de ter falado de Freud, podemos atentar em alguns autores para conseguir fazer um balanço entre estes dois pólos e explorar também o tema. Comecemos pelo pólo inato:
O pólo inato indica que o comportamento humano e a personalidade das pessoas são determinados geneticamente por hereditariedade dos seus progenitores. Assim sendo, pode-se concluir que o pólo inato está ligado com a forma de ver o ser humano e o seu comportamento como determinado pelas características biológicas e corporais, isto é, são características que nascem connosco (inatas). Portanto, segundo estes, o crescimento biológico do corpo e o desenvolvimento, segue padrões definidos por programas genéticos.
O significado de pólo inato foi definido por vários filósofos, pensadores e psicólogos e cada um defende a sua teoria acerca do tema.
Freud – afirma a existência de duas pulsões inatas, a pulsão de vida (eros) e a pulsão de morte (thanatos). Parte da sua experiência enquanto médico, na medida em que havia algo que a medicina tradicional não explicava (o ponto de partida foi o caso da histeria). Segundo Freud, as pulsões de vida visam a auto-conservação do indivíduo (sobrevivência) e as pulsões sexuais; as pulsões de morte estariam na base dos comportamentos agressivos.
Lorenz – considerava que o comportamento animal era instintivo, estando os seus comportamentos predeterminados no sistema nervoso e estereotipados, ou seja, são instintos, fazendo assim uma ponte com o ser humano. Assim, é deixada à aprendizagem e à experiência uma pequena parte que influência o comportamento, apoiando de certa forma a teoria de Freud.
Gesell – este autor diz mesmo que o meio não interfere no desenvolvimento do indivíduo. Justifica que as diferenças entre os indivíduos se devem a características inatas, dizendo que os comportamentos se desenvolvem tomando em conta um programa genético e uma ordem determinada inalterável, enfatizando assim o pólo inato. Desenvolvimento e maturação estão predeterminadas, o que justifica a afirmação de que as diferenças entre os indivíduos se devem a diferenças inatas (abordagem maturacionista).
Changeux – em 1983, publicou um livro “O Homem Neuronal”, onde escreveu a sua teoria. Esta defendia que todo o comportamento humano se pode explicar a partir de circuitos nervosos. Conclusão esta tirada após o desenvolvimento do estudo da descodificação do genoma humano e também das funções do cérebro, podendo estabelecer relações entre os comportamentos e o funcionamento do cérebro. Segundo ele não existe o “eu” sem os circuitos nervosos tendo nós um fundamento altamente biológico.
O avanço das neurociências corresponde a uma procura progressiva de explicações de muitos comportamentos humanos a partir da descodificação do genoma humano (prática recente).
Atentemos agora na outra face da dicotomia. O pólo adquirido é o pólo representativo da educação, da influência do meio ambiente. É então impossível abordarmos pólo adquirido sem falarmos em processos tais a socialização, aprendizagem, …
As perspectivas deste pólo afirmam que a nossa história pessoal, as experiencias socioculturais vividas, determinam a nossa personalidade, a nossa forma de ser e de agir. Podemos, sob este ponto de vista, dizer que nós, seres humanos, somos produto do que aprendemos do que aprendemos e dos ambientes em que vivemos. Deste modo, os autores que crêem neste pólo da dicotomia inato/adquirido, tentam estabelecer ligações entre determinados comportamentos e determinados ambientes. Este perspectiva apresenta-nos assim, a forma como somos educados e aquilo que aprendemos como responsáveis pela construção do ”eu” social, psicológico, pelos comportamentos que manifestamos.
É fácil, então, entender que a explicação para o comportamento, vai favorecer as variáveis do ambiente, os conceitos de adquirido e o de socialização, visto ter como base o que se encontra em determinado contexto (conjunto de estímulos), o que passa a fazer parte do reportório de comportamentos de uma pessoa, o que é interiorizado em dada situação e o conjunto de experiências e aprendizagens, vividas socialmente.
O estudo deste pólo extremo da dicotomia leva os investigadores a explorar vários ambientes e os comportamentos dos seres humanos nesses mesmos ambientes. Como seria esperado, já vários autores deram contributos na resolução desta dicotomia.
Watson pertencia a uma linha extremista do adquirido. Segundo ele o factor meio é completamente fatal já que o comportamento é a resposta de um individuo a um estimulo ou conjunto de estímulos do meio ambiente e, sendo assim, uma criança poderia ser moldada segundo a vontade do tutor. Os behavioristas diziam: “Dêem-me uma criança e digam-me o que querem que ela seja, e passem daqui a alguns anos (cerca de 18, idade pela qual o individuo terá a sua identidade mais ou menos formada) e tereis o vosso… (jogador de futebol, empresário, etc.).
Skinner foi um investigador norte-americano que criou uma caixa especial, a chamada “caixa de Skinner”, que apresenta um dispositivo automático que liberta o alimento quando accionado.
1- Colocou um rato esfomeado na “caixa operante” ou “caixa de Skinner”;
2- O animal explora o ambiente cheirando, deambulando no interior da gaiola;
3- Por acaso, acciona a alavanca recebendo uma porção de alimento;
4- A partir de várias tentativas bem sucedidas, o rato passa a premir a alavanca para receber alimento.
Esta experiência conduziu Skinner à descoberta de uma aprendizagem por condicionamento operante, em que o reforço assegura a repetição de um comportamento estando assim o meio directamente ligado à aprendizagem.
Bandura desenvolveu ainda uma teoria da aprendizagem que corresponde a todos os comportamentos que aprendemos por observação/imitação. Neste processo está assim presente a aprendizagem social ou por modelação, seria através de um processo que o psicólogo designa, então, por modelação, que uma pessoa pode aprender um comportamento que passe a fazer parte do seu quadro de respostas.
Na sequência do que já dissemos no início do texto (influência recíproca entre inato/adquirido), Piaget concluiu que o sujeito tem um papel activo na construção do pensamento e do conhecimento. Nestes processos intervêm factores biológicos de maturação e factores relacionados com o meio, assim fez uma síntese entre os dois pólos opostos da dicotomia (visão interaccionista e construtivista contrariando assim o inatismo e o empirismo. Como já estudamos tudo o que aquilo que somos não é exclusivamente biológico nem exclusivamente cultural e há, assim uma relação entre ambos.
Durante a “vida” da psicologia, a pergunta sobre esta dicotomia tem sido mal formulada. Exaustivamente se pergunta “Qual?” e “Quanto?”, mas a verdade é que, de facto não faz sentido questionar a dicotomia desta forma. Bem sabemos que não se pode considerar o pólo inato sem se considerar, ao mesmo tempo, o pólo adquirido, e vice-versa. Estes pólos estão sempre ligados e não se consegue falar da acção humana sem se entrelaçar os dois, vejamos que pensamos em nós próprios como seres que aprendem e socializam, com um raro programa aberto, único no mundo, totalmente dependente da combinação genética que nos fez. Porém esta combinação fantástica só se faz sentir consoante um “incentivo cultural” que nos torna seres humanos. Piaget resolve bem esta questão introduzindo-nos a noção de estádios de desenvolvimento. Segundo ele o conhecimento decorre de uma interacção do sujeito com o meio, sendo assim, defende que, de facto, existem estruturas inatas no sujeito que possibilitam o desenvolvimento, mas que este é também determinado pela interferência do meio. Por exemplo, no estado de desenvolvimento Sensoriomotor, a genética determina os limites deste estado porém só o estímulo activo do meio vai permitir à criança, até aos 2 anos, desenvolver as características deste estado. Para Piaget, uma criança de dois anos, nunca fará o mesmo que uma de dez anos, ainda que seja super estimulada, pois o seu organismo ainda não está preparado, caso contrário, porque é que uma criança não aprende a falar aos três meses considerando que já ouviu imensas palavras? Mas a experiência é a base de todo o desenvolvimento, vejamos que uma criança que, nos seus primeiros tempos de vida, não tem plena noção do seu físico tem de se mexer, partir coisas, atirar tudo, mexer, para que comece a aperceber da sua realidade e do mundo, passando a fase de indiferenciação a si e ao mundo. Assim Piaget afasta-se das teorias extremistas como o Gestaltismo, behaviorismo, entre outras, dando assim um grande contributo para a humanidade.
Com o tempo, e pergunta foi evoluindo, e adquiriu nova forma, “Quanto?” Com a descoberta de uma nova realidade, tentou-se pôr termo a esta dicotomia quantificando o peso do inato e do adquirido em percentagens, por outras palavras, quanto de inato e quanto de adquirido está numa acção humana. Porém esta quantificação que tanto se pretendia não permite uma integração adequada da relação entre os dois pólos. É uma pergunta

domingo, 7 de junho de 2009

Conflitos e a sua superação



O conceito conflito representa uma tensão que envolve pessoas ou grupos de pessoas quando existem tendências ou interesses incompatíveis.
Assim só existe conflito se existir uma relação próxima entre as partes de modo a justificar esse mesmo conflito, como se mostram frequentes entre pais e filhos, patrões e trabalhadores. Uma coordenada caracterizadora do conflito é o estado de insatisfação das partes, insatisfação essa que pode ter múltiplas origens como por exemplo, a divergência de interesses, o desacordo de pontos de vista, a partilha de recursos escassos, a competição pelo poder, etc.
No entanto, o conflito social é entendido como um núcleo de mudança e das dinâmicas sociais, tratando-se o conflito de uma manifestação das interacções sociais. O agravamento tal como o atenuamento do conflito vai depender das relações internas de cada grupo, pode aumentar ou diminuir se s desenvolverem atitudes de provocação ou de conciliação.
Devemos aceitar os conflitos como realidades do nosso mundo social e acabam por impedir a estagnação e promove novas ideias e novos ideais, podendo a sua consequência representar um modo mais adequado e dinâmico de integrar a sociedade.
Para que haja uma superação dos conflitos não basta o simples contacto entre grupos hostis, implica essencialmente um contacto que envolve cooperação, entreajuda e a interdependência de modo a construir um maior sucesso na finalidade visada. É importante que por cooperação entendamos uma acção conjunta e concentrada que envolve a colaboração dos envolvidos para se atingir um objectivo comum. Existem ainda outras formas de superação de conflitos que passo a fazer uma breve referência. A submissão, que acontece quando um grupo sede às exigências do outro; a mediação, que pressupõe a existência de um mediador (elemento neutro) que vai promover a comunicação entre as partes; a dominação, verifica-se quando um dos grupos impõe unilateralmente a solução ao outro; a negociação, visando impedir a confrontação directa, a negociação implica cedências e exigências mútuas, os grupos constroem um acordo e por último a inacção, em que os dois ou um dos grupos resolve não agir e esperar que o tempo resolva o conflito.
Porém, nos dias de hoje são dominantes as soluções que assentam sobre a cooperação, a mediação e a negociação. Deste modo, a forma como se aborda um conflito pode decidir, em grande parte das situações, a segregação ou a integração.

Inato-Adquirido


Sendo as dicotomias ideias com dois pólos distintos aos quais não se consegue dar primazia a nenhuma delas, considero que a dicotomia Inato/Adquirido, apresenta-se como a principal e aquela que tem sido mais estudada e mais questionada de todas as dicotomias.
O que determina o nosso comportamento? Será o meio ou é a natureza? Somos biológica ou socialmente determinados?... Com base nestas e muitas outras perguntas, vários autores foram expondo as suas teorias com o objectivo de explicar o que influenciava o comportamento e as características do ser Humano. Uns apoiavam o pólo Inato e outros o Adquirido.
Vamos então começar pelo Inato, este indica que o comportamento humano e a personalidade são determinados geneticamente por hereditariedade dos progenitores. O comportamento é determinado por características que nascem com o ser humano (inatas). Portanto, segundo estes, o crescimento biológico do corpo e o desenvolvimento segue padrões definidos por programas genéticos. Vários foram os apoiantes deste pólo da dicotomia, como por exemplo Freud (pulsão de vida e pulsão de morte), Lorenz (comportamentos instintivos, apoia Freud), Gesell (diferenças entre os indivíduos devem-se a características inatas) e Changeux (homem como descodificação do genoma humano e também das funções do cérebro).
Na outra face da dicotomia encontra-se o pólo Adquirido que representa a educação e a influencia do meio ambiente. Estes dizem que os seres humanos são produto daquilo que aprendem e dos ambientes em que vivem, deste modo os autores que crêem no pólo adquirido tentam estabelecer ligações entre determinados comportamentos e determinados ambientes. Então, para estes, a nossa maneira de ser e de agir é influenciada pelo que aprendemos, pelas experiências vividas e pela nossa história pessoal. Os autores que apoiaram o pólo adquirido desta dicotomia foram: Watson (empirista, a influência da hereditariedade é irrelevante), Skinner (aprendizagem por condicionamento operante, importância de um reforço) e Bandura (aprendemos por observação/imitação de modelos).
Posteriormente surgiu Piaget que, com o auxílio de tecnologia mais sofisticada do que a existente no tempo dos outros autores acima referidos, pensou de forma diferente, procurou fazer uma síntese entre os dois pólos da dicotomia e concluiu que o sujeito tem um papel activo na construção do pensamento e do conhecimento. Nestes processos intervêm factores biológicos de maturação e factores relacionados com o meio, formando, então, a concepção interaccionista e construtivista contrariando assim o inatismo e o empirismo.
Como podemos ver, muitos são os autores que se debruçam nestes problemas, e resolveram alguns, porém a persistência de grandes dicotomias na evolução e confronto das “escolas” de pensamento da Psicologia é uma realidade.