domingo, 1 de junho de 2008

Brincar afinal não é só uma brincadeira

Em abordagem a vários temas relacionados com o desenvolvimento e crescimento do ser humano resolvi fazer este trabalho que nos mostra a importância que o “brincar” tem para as crianças.
Grande parte do tempo das crianças é passado a brincar. A brincadeira é uma espécie de linguagem universal, essencial ao desenvolvimento e equilíbrio da criança, e não só, todos nós necessitamos de brincar, sendo claro que há diferentes brincadeiras para diferentes idades, é óbvio que uma brincadeira para uma criança não é uma brincadeira para um adulto e que uma brincadeira para um adulto não é uma brincadeira para uma criança.
Ao brincar, a criança tem a possibilidade de ir percebendo o funcionamento das coisas que a rodeiam e de, lentamente, ir entrando no mundo dos adultos e nas regras que o regem. Assim, observando e brincando com as crianças, temos a possibilidade de nos apercebermos do significado que o mundo tem para elas, da forma como o encaram e constroem, e, podemos mesmo afirmar que para conhecermos verdadeiramente uma criança temos conhecer e perceber a maneira como ela brinca.
As brincadeiras das crianças vão mudando à medida que elas crescem e se desenvolvem. Primeiro, a criança brinca com o seu próprio corpo, observa e brinca com as mãos, leva o pé à boca e agita-se, posteriormente descobre os objectos e as suas potencialidades, segura nos brinquedos na mão, leva-os à boca, agita-os e atira-os ao chão, a seguir há uma combinação dos objectos num jogo relacional e rapidamente chegamos ao "faz-de-conta".
Desta forma, a criança entra no jogo simbólico, onde o imaginário e a fantasia nunca mais param de nos surpreender. Os brinquedos e objectos em geral deixam de ser usados apenas para aquilo que foram criados e passam, no imaginário da criança, a ser tudo aquilo que elas querem e precisam em cada momento. O jogo permite que a criança experimente, ao nível da fantasia, aquilo que na vida real não pode fazer.
É ainda por meio do jogo que a criança aprende a defender-se do que a angustia ou assusta, experimenta afectos, soluciona problemas. A brincadeira é a forma mais fácil e acessível que a criança tem de entrar e sair da realidade as vezes que quiser.
Certamente, todos nós temos o nosso imaginário de infância povoado de brinquedos e brincadeiras que tiveram um efeito apaziguador em momentos angustiantes, em que nos sentimos mais inseguros, perdidos ou desamparados.
Os jogos "violentos" com grande envolvimento físico, como atirar-se ao chão ou o experimentar a força com os amigos, e, mais tarde, os jogos de regras passam, também, a fazer parte integrante das brincadeiras das crianças. A partir dos 7/8 anos as crianças são capazes de criar as suas próprias regras para os jogos, de forma a que cada um tenha bem definido o seu papel. Este tipo de jogos dá à criança a possibilidade de aprender a ganhar e a perder, a regular as suas emoções e a lidar adequadamente com algumas frustrações. A criança tem nestes jogos a possibilidades para aprender competências que lhe permitam estabelecer relações de harmonia com os outros.
Por tudo isto, a brincadeira e os jogos não podem ser encarados como uma forma de passar o tempo, mas sim como algo de muito sério que permite à criança um bom crescimento físico, intelectual, emocional e social. Brincar tem duas funções, por um lado, criar oportunidades de estimular o raciocínio e, por outro, disponibilizar as regras necessárias à convivência e vida em sociedade.

Bibliografia:
http://santoinacio.apaepr.org.br/?mod=secoes&id=4621
Www.tribunadonorte.com.br/noticia.php?id=55502
Livro de Psicologia
Diciopédia 2008

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